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18 11 2015

Quarta-feira, 18 de novembro de 2015

 

Quem se atreve a comer uma barata?

 

E se dois dos principais problemas da Humanidade pudessem ser resolvidos pelos insetos? Ou melhor, pela comida à base de baratas, gafanhotos e outros que tais? É verdade. Para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, a fome no mundo e as alterações climáticas podem ser combatidas se mais pessoas passarem a  incluir insetos na sua comida. Na Ásia, é bastante comum comer este tipo de animais, mas na Europa ou na América só a ideia de enfiar uma barata na boca já causa nojo. Mas não devia. Para acabar com as dúvidas, a União Europeia prepara um conjunto de leis que diz como se devem produzir, vender e consumir estes animais. As contas já foram feitas e sabe-se que os gafanhotos e as baratas, por exemplo, são muito ricos em proteínas e têm muito pouca gordura. É por isso que já começa a ser normal encontrá-los nos suplementos alimentares que os desportistas tomam para ajudar a criar músculo.

Alguns cozinheiros também já começam a criar receitas e pratos feitos à base de insetos, como bolos com farinha de grilo, ou petiscos de larvas. Na verdade, o inseto acaba por não ter grande sabor, mas ganha o gosto dos temperos. É assim uma boa base para uma série de pratos.

Mas atenção! A ideia não é apanhar uma barata na rua e levá-la diretamente para a panela. O que os cozinheiros costumam fazer é usar insetos vindos de produções de estufa, em que os animais são alimentados e controlados para garantir que não transmitem doenças.

Sara Sá – Revista Visão Júnior

Texto selecionado pela BE