Segunda feira, 2 de novembro de 2015
O sono
Pense apenas no que acontece se não dormir.
Quando investigadores da Universidade de Chicago mantiveram ratazanas continuamente acordadas, estas desenvolveram lesões coprporais, sofreram grandes perdas de peso e exibiram flutuações de temperatura corporal invulgares. Após 11-32 dias sem dormir, as cobaias morreram sem causa clara. Também nós teríamos um fim igualmente macabro. Embora os cientistas não saibam exatamente como é que dormir evita isto tudo, ou o que mais faz por nós, sugerem muitas teorias plausíveis.
Um grande benefício parece ser a conservação de energia. Entre outras coisas, dormir reduz as exigências calóricas e a temperatura do corpo, baixando o metabolismo energético até dez por cento. As poupanças são ainda maiores noutros animais. Na natureza, onde os alimentos tendem a escassear, esta bioeficiência pode fazer a diferença. O sono parece ainda ajudar a restaurar o que o corpo perde quando estamos despertos. Investigações mostram que essa é a principal altura de reparação dos tecidos, síntese de proteínas, crescimento muscular e outras funções reconstituintes importantes, além de ser crítico para o desempenho do sistema imunitário.
Por fim, o sono parece ser crucial para cimentar e consolidar as conexões neurais que formam memórias, bem como para descartar a informação irrelevante do dia, tornando-o crítico para aprender. Estudos revelam que as pessoas dominam aptidões e retêm conhecimento melhor depois de dormirem sobre o assunto. Tudo somado deixa claro que dormir é, sem exageros, uma questão de vida ou de morte.
Texto selecionado pela BE, retirado de Revista Quero Saber