5 Minutos de Leitura

12 06 2014

Sexta-feira, 13 de junho de 2014

 

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Férias, tempo de pausa e descanso

Depois de mais um ano de trabalho chega a época das desejadas férias, esperadas com ansiedade.(…)

Hoje as pessoas procuram os lugares solitários. A beleza e o silêncio dos campos, da montanha, das paisagens, da floresta, o contemplar as lindas flores, o campismo, o ouvir o cântico dos passarinhos, a queda das águas límpidas. Tudo o que a natureza nos oferece para o repouso físico e moral. Outros preferem a praia, os passeios, viajar e contactar com outras culturas.

As férias devem ser um tempo para revitalizarmos o diálogo e o convívio, serenar do stress e das energias perdidas. São um direito que todos devemos usar e desfrutar. (…)

As férias oferecem-nos um equilíbrio humano, psíquico, e alegria saudável. Deixemos o corpo respirar, dedicando-nos aos passeios, ao relaxamento, ao sono restaurador e aos exercícios. Quantos aproveitam o tempo de férias para se cultivarem quer a nível de viagens culturais, retiros, leitura e outras iniciativas recreativas. Na visita a familiares que muitas vezes vivem bem longe e em locais reconfortantes, onde se respira o ar da manhã sem poluição, onde se contempla o pôr do sol.   As férias são sempre um desafio que se deve gozar pela positiva, construindo uma oportunidade de aproximação com a natureza, com as pessoas, dando mais atenção aos valores humanos, culturais e sociais.           Os jovens depois de um ano de estudos, bem merecem um tempo de repouso e tranquilidade. Devem ter um conceito de férias sadio, estimulante à sua maneira, no convívio com os outros, nas amizades, nas descobertas, nas novas formas de se relacionarem com tudo o que os envolve na vida, nos novos horizontes. Partilhar as emoções positivas, descobrir formas diferentes de conviver, um ideal de bons caminhos. Assim, quer se esteja em casa, no campo, na praia, a visitar o nosso país ou o estrangeiro, as férias são para todos nós um convite à alegria, ao descanso, à solidariedade, em ordem à construção de um mundo mais solidário e humano, nesta era da globalização.

Mudar de ares e de costumes pode enriquecer as merecidas férias.

Nunca conviver só pode levar à solidão, mas sim em família, com amigos, é muito mais enriquecedor e benéfico.

Que as nossas férias não sejam só o correr do relógio, mas uma proximidade humana relacionada com a Natureza.

 

A todos, boas férias!

 

Firmino Santos

Texto selecionado pela BE





5 Minutos de Leitura

11 06 2014

Quinta-Feira, 12 de Junho de 2014

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POEMA AO VERÃO

Vem..Verão… com pétalas de sol zunindo

a tarde ameaçada pelo incêndio da noite

súbita de harmonias, rasgada de ocultas aves

ciciando a espuma translúcida dos olhos,

devorada de penumbra.

Vem…. Verão…. coberto de sonhos rente ao rio exausto,

de vermes apodrecido

sob o hálito fugidio das folhas secas

– de sol e mistério breve –

num harpejo de searas e semente.

Vem…. Verão….. dócil sonâmbulo abrindo

as entranhas da terra grávida,

de secura e pólen amarela

em crepúsculos voando

o inverno num violino de cigarras.

em “O FRIO DOS DIAS“, edição do autor, 1986

Publicada por Vieira Calado

Texto seleccionado pela BE

 





5 Minutos de Leitura

11 06 2014

Quarta-Feira,11 de Junho de 2014

 

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Poema do coração

 

Eu queria que o Amor estivesse realmente no coração,

e também a Bondade,

e a Sinceridade, e tudo, e tudo o mais, tudo estivesse realmente no coração.

Então poderia dizer-vos: “Meus amados irmãos,

falo-vos do coração”, ou então:

“com o coração nas mãos”.

 

Mas o meu coração é como o dos compêndios.

Tem duas válvulas (a tricúspida e a mitral)

e os seus compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos).

O sangue ao circular contrai-os e distende-os

segundo a obrigação das leis dos movimentos.

 

Por vezes acontece ver-se um homem,

sem querer, com os lábios apertados,

e uma lâmina baça e agreste, que endurece

a luz dos olhos em bisel cortados.

Parece então que o coração estremece. Mas não.

Sabe-se, e muito bem, com fundamento prático,

que esse vento que sopra e ateia os incêndios,

é coisa do simpático.

Vem tudo nos compêndios.

 

Então, meninos!

Vamos à lição!

Em quantas partes se divide o coração?

 

   António Gedeão

 

Texto seleccionado pela BE

 





5 Minutos de Leitura

6 06 2014

Segunda-Feira, 09 de Junho de 2014

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A propósito do dia 10 de Junho

 

 

Luís Vaz de Camões representa o génio da Pátria, representa Portugal na sua dimensão mais resplandecente e mais sublime.

O feriado em sua honra celebra-se neste dia, data provável do falecimento daquele que é considerado o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade, autor de “Os Lusíadas”.

Dia das Comunidades, porque neste dia se homenageiam cinco milhões de portugueses espalhados pelo Mundo. Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, exaltando-se a originalidade do povo português face aos outros povos europeus, os navegadores portugueses que, como diz Camões na Proposição de Os Lusíadas, canto I:

(…)

                       Por mares nunca dantes navegados

                       Passaram ainda além da Taprobana

                       E em perigos e guerras esforçados,

                       Mais do que prometia a força humana,

                       E entre gente remota edificaram                       

                     Novo reino, que tanto sublimaram.

(…)

 

O Dia de Portugal é também o dia em que se tenta “dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas, sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa”.

http://www.cyberteca.wordpress.com

Texto selecionado pela BE





5 Minutos de Leitura

5 06 2014

Sexta-feira, 06 de junho de 2014

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O Mozart da Física acredita que os jovens vão mudar o mundo

 

Tinha apenas 14 anos quando criou um reator de fusão nuclear na garagem de sua casa. Na altura, tornou-se a pessoa mais jovem do mundo a fazê-lo em toda a história da ciência. Atualmente, com 18 anos, é considerado o Mozart da Física e acredita que os jovens vão mudar o mundo

Taylor Wilson é um adolescente norte-americano apaixonado por radioatividade. Quando tinha 10 anos, sabia todos os números atómicos, massas e pontos de fusão dos elementos da tabela periódica. Aos 13, começou a desenvolver um reator nuclear cuja atividade física se assemelha ao que acontece no interior do sol.

Atualmente, tem 18 anos e é considerado pela “World Records Academy” o cientista nuclear mais jovem do mundo. “Quando seguro alguma coisa assim tão radioativa tenho uma sensação indescritível, assim como quando estou com a minha namorada”, descreveu Taylor, numa entrevista à CBS News.

Começou a ler sobre física nuclear no quinto ano e no sexto fez uma apresentação sobre o assunto que surpreendeu os professores e a família. “Não fazia ideia do que é que ele estava a falar”, confessou o seu pai.

O pai, um funcionário da Coca-Cola, foi alimentando a curiosidade de Taylor e, quando este tinha apenas 11 anos, procuravam por urânio no deserto do Novo México e compravam frascos de plutónio na Internet.

Aos 13 anos, decidiu que queria construir um reator de fusão nuclear. “Queria produzir fusão nuclear”, diz Taylor. “É a minha personalidade, penso que consigo fazer coisas… Não há nada impossível para mim”.

Começou o projeto na garagem de sua casa, mas foi na Academia Davidson, escola para crianças sobredotadas onde é atualmente finalista, que o jovem terminou o seu reator.

Ao longo do seu percurso no mundo da ciência, Taylor Wilson foi premiado nove vezes. Em maio de 2011, recebeu o prémio de “Jovem Cientista Intel” por construir um modelo económico e altamente sensível de deteção de substâncias radioaticas, em pequenas quantidades.

O equipamento é importante no combate ao terrorismo porque impede que grupos radicais passem, clandestinamente, materiais radioativos que são usados na construção de explosivos.

“É incrivelmente barato, e por ser incrivelmente barato pode ser utilizado por toda a América e por todo o mundo, criando várias linhas de defesa, por todo o lado”, explica Taylor.

Taylor explicou a Obama como mudar o mundo

Em fevereiro deste ano, participou na segunda edição de um evento anual organizado pela Casa Branca – A Feira de Ciência. Um grupo de 100 jovens promissores foi recebido pelo presidente Barack Obama e Taylor teve a oportunidade de apresentar ao presidente dos EUA as suas ideias para mudar o mundo.

Além de continuar os estudos na Academia Davidson, o jovem trabalha com a Universidade de Nevada e presta aconselhamento e coopera com o Departamento de Segurança Interna e com o Departamento da Energia dos EUA, em matérias relacionadas com a radioactividade.

“Sou obcecado com radioatividade”, disse numa entrevista para a “World Records Academy”. “Não sei porquê, talvez porque existe um poder nos átomos que não conseguimos ver”.

Wilson foi a pessoa mais nova do mundo, em toda a história, a criar fusão nuclear e a 31ª a fazê-lo em privado, fora do controlo do governo e da indústria.

O jovem, que vive com a família em Reno, no Estado de Nevada, está também a trabalhar numa cura para o cancro. “Tenho centenas de ideias, uma vida inteira não é suficiente para cumpri-las”, confessa.

Taylor acredita que a sua juventude é um trunfo. “Os jovens ainda não foram expostos à burocracia da ciência a nível profissional, estão muito mais abertos a experimentar coisas”.

Numa apresentação que fez numa conferência da TED (Technology, Entertainment and Design), uma organização sem fins lucrativos dedicada a “ideias que vale a pena espalhar”, Taylor Wilson defendeu que os jovens devem ser levados a sério e podem fazer a diferença no futuro do planeta.

“Comecei com um sonho (…) e acabei a desenvolver coisas que acho que podem mudar o mundo e acredito que os outros jovens também o conseguem”.

 

In Jornal de Notícias, 30 de Maio de 2012

Texto selecionado pela BE





5 Minutos de Leitura

4 06 2014

Quinta-feira, 05 de junho de 2014

 

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Segundo um antigo mito grego, Sísifo contou os segredos dos deuses aos mortais. Por isto, os deuses condenaram-no a empurrar uma pedra gigantesca até ao cimo de um monte; quando se aproximava do cume, o esforço tornava-se demasiado para si e a pedra rebolava de novo até ao sopé. Sísifo tinha então de reiniciar a sua tarefa… Mas sucedia o mesmo e Sísifo via-se obrigado a empurrar a pedra durante toda a eternidade.

O mito de Sísifo constitui uma metáfora sombria da falta de sentido na existência humana. Trabalhamos todos os dias para nos alimentarmos e alimentar a nossa família, e mal a tarefa está concluída temos de começar tudo de novo.

O escritor francês existencialista, Albert Camus, escreveu um ensaio sobre o mito de Sísifo, onde introduz a sua filosofia do absurdo: o do homem fútil em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível, desprovido de Deus e eternidade. O ensaio inicia com uma frase famosa: “Só existe um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio”. Camus prossegue: “Julgar se a vida merece ou não ser vivida equivale a responder à questão fundamental da filosofia”. Mas devemos acrescentar (e Camus teria concordado) que não é tanto uma questão de julgar passivamente se a vida merece ou não ser vivida, mas de escolher conscientemente uma forma de viver que valha a pena. Mesmo Sísifo, afirma Camus, pode fazer isto. Assim, o ensaio, que começara confrontando-nos com a perspetiva do suicídio termina num tom positivo: “Não há destino que não possa ser ultrapassado pelo desdém. A própria luta em direção às alturas basta para encher o coração de um homem. Devemos imaginar Sísifo feliz.”

Então é caso para pensar: Não seríamos todos Sísifos se fizéssemos da nossa vida diária uma enorme pedra que levamos ao topo de uma montanha para que role ladeira abaixo e volte a ser erguida no dia seguinte na rotina do trabalho que se repete sem variação ou renovação? Sim. Mas, para o ser humano existe a possibilidade de modificar a rotina absurda, de lançar longe o rochedo das misérias, da ignorância e da inconsciência; deixar de repetir os dias, os anos e as vidas sem variação alguma para construir o próprio destino.

Deixemos que o rochedo role ladeira abaixo e que Sísifo prossiga como mito.

Pensemos que poderemos superar aquele trabalho rotineiro, inútil e sem esperança modificando a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.

 

 

Texto adaptado de http://praxisciencia.wordpress.com/2010/07/19/o-mito-de-sisiffo  e de

http://hermes-embuscadesophia.blogspot.pt/2008/07/o-mito-de-ssifo.html

 

Texto selecionado pela prof. Luísa Alves





5 Mintos de leitura

4 06 2014

Quarta-feira, 04 de junho de 2014

sono

Para que serve dormir?

Se roubarmos horas ao sono, ficamos cansados, rabugentos e – acredita! – mais prontos a apanhar doenças.

Já estamos a imaginar-te a resmungar baixinho. Sim, nós sabemos que este é um dos temas preferidos dos adultos, sobretudo quando tens aulas na manhã seguinte… E que sabes de cor frases do tipo: «Os tubarões não dormem, e não consta que se afoguem por isso.»            É verdade que os tubarões não dormem como nós. Mas os cientistas vão dizendo que, provavelmente, eles passam umas horas num ritmo mais lento para não gastarem tanta energia. Se costumas usar um computador, é mais ou menos como quando o ecrã entra em safe mode.

Dito isto, servem estas páginas para te convencermos, de uma vez por todas, que o sono é mesmo essencial à tua sobrevivência. Sabias que dormir é mais importante do que comer e beber? Pois é, se não dormires, morres, ponto final parágrafo.

E porquê? Porque é enquanto dormes que o corpo aproveita para se regenerar, ou seja, para renovar os órgãos e repor energias. O corpo e a cabeça, claro. O cérebro precisa de várias horas para «arrumar» toda a informação acumulada durante o dia. Dizem os especialistas que, se dormires bem, ficas com boa memória e aprendes coisas novas mais facilmente!

Ainda não ficaste convencido?        Então, toma lá uma frase que cheira a provérbio antigo, mas está cheia de verdade: «Dormir faz crescer.»   Durante o sono, libertam-se uma série de hormonas (substâncias químicas segregadas pelo nosso corpo), entre elas, a do crescimento. Se terminarmos a explicar que dormir pouco e mal aumenta o risco de apanhares infeções, ficares obeso (muito gordo) e com doenças do coração, já achas que, afinal, até valeu a pena ler este artigo até ao fim!
Rosa Ruela, in Visão Junior Texto selecionado pela BE





5 Minutos de Leitura

2 06 2014

Terça – feira, 3 de Junho de 2014

 

Quarenta anos depois…

 

Quarenta anos se passaram desde aquele dia tão especial e, quarenta anos depois, começamos a sentir algumas coisas que existiam antes da Liberdade.

Muitos de nós, os jovens de hoje, já crescemos a ouvir falar de liberdade de direitos cívicos, mas tudo isso com comida na mesa.

Mas parar, parar por um instante e tentar viajar regressivamente no tempo é necessário. Pensar conscientemente no que o antigamente era para perceber a sorte que hoje temos.

Não há nada mais importante que saber o valor das coisas para que possamos usá-las sem as estragar.

Infelizmente, ao longo destes anos, desde que, por diversos motivos (económicos, sociais, militares, políticos ou cívicos), algumas pessoas lutaram pela libertação do povo,  tem-se assistido a uma destruição progressiva e assustadora dessa mesma liberdade.

As mentalidades mudaram e as ideias, perspetivas e atitudes são as que mais refletem isso mesmo.

Com esta brave reflexão, pretendo alertar para o problema e mostrar que está na hora de olharmos para as nossas atitudes e refletir sobre as opiniões que temos das coisas.

Poderei pensar e afirmar que a liberdade é quando nós podemos fazer tudo o que queremos. Que a liberdade é também quando nós temos atitudes ou fazemos algo com que ninguém tem nada a ver com isso porque está em causa a nossa liberdade e, como tal, só a nós diz respeito.

Posso também dizer que a liberdade é ninguém ter o direito de nos chamar a atenção das coisas erradas que pensamos ou fazemos porque nos achamos muito cientes da verdade e senhores da razão.

No entanto, este conceito de liberdade não corresponde efetivamente à verdadeira liberdade. Na verdade, tudo isto é demasiado extremo e exagerado. Tantos direitos, sem deveres…

Algo está errado!

A liberdade e libertinagem são dois conceitos que muitas pessoas confundem por desconhecimento.

Mas então, quais são as verdadeiras diferenças entre esses dois conceitos?

“Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão”.

Por outro lado, “a libertinagem é fruto de um uso errado da liberdade, porque demonstra irresponsabilidade, que pode prejudicar não só a própria pessoa, mas outras pessoas também. Quem age com libertinagem, revela não se importar com as consequências que o seu comportamento pode ter”.

Façamos uma revisão aos nossos comportamentos e pensemos em todas as nossas atitudes, na escola, no trabalho, em casa e até mesmo nas redes sociais.

Pensemos nas formas como nos comportamos com os outros e vamos questionar-nos se efetivamente temos sido livres ou libertinos.

Quarenta anos se passaram e, ao longo deles, muita coisa se tem ganho. Contudo, começamos a perder muitas outras coisas porque só pensamos em direitos e esquecemos os deveres. Porque o nosso bem-estar começa a ser alimentado pela falta de responsabilidade e pela despreocupação que sentimos por problemas como a política, o ensino, o desenvolvimento, a cultura  e tantas outras coisas que o 25 de Abril de 1974 nos trouxe ou nos permitiu obter.

Aproveitemos estes quarenta anos para repensar e fazer uma nova revolução. Não nas ruas, mas dentro de nós mesmos. Porque, se mudarmos e crescermos positivamente, estaremos a lutar por um futuro melhor e, acima de tudo, pela verdadeira Liberdade.

 

Ilídio Gonçalves (aluno do 10.º G – Curso Profissional de Informática)