5 Minutos de Leitura

25 10 2012

Sexta-feira,  26 de outubro de 2012

Texto selecionado no âmbito da comemoração do mês internacional das Bibliotecas Escolares

Direitos do leitor

Segundo Daniel Pennac, escritor francês considerado um dos mais importantes autores de literatura francesa, existem dez direitos fundamentais que devemos permitir-nos como leitores.(…)

1-    Direito a não ler

Se este direito não existisse, também não existiria o seu contrário, porque se trataria de uma

imposição, de um dever. Em todo o caso, um bom educador deveria proporcionar aos seus

alunos «os meios de julgar livremente se sentem ou não a necessidade de livros».

2-    Direito a saltar páginas

Sempre será melhor do que renunciar à leitura de outras páginas que possam ter mais

interesse. Saltar partes de um livro que não nos atrai não nos deve parecer uma traição.

3-    Direito a não terminar um livro

Qualquer motivo, por pequeno que seja, é suficiente para abandonar a leitura de um livro.

Haverão sempre outros livros à espera. É simplesmente uma questão de gostos.

4-    Direito de reler

Reler pelo simples prazer de nos recriarmos naquilo que mais nos atraiu, pelo fato de nos

reencontrarmos com o que nos encantou e  «nos encantarmos com o que permanece».

5-    Direito a ler qualquer coisa

Primeiro, porque sobre gostos não há nada escrito e, em segundo lugar, porque apenas assim

terão critérios de seleção e serão capazes de proporcionar a si mesmos uma boa leitura e

recriar-se com ela.

6-    Direito ao bovarismo

Baseia-se na personagem da Madame Bovary e consiste em permitir dar rédea solta às

sensações e sentimentos que surgem quando lemos, isto é, deixar que a imaginação brote,

que o coração se acelere e que se produzam até identificações com as personagens.

7-    Direito a ler em qualquer lugar

8-    Direito a folhear

A abrir um livro em qualquer página e « desaparecermos dentro dele um momento porque

apenas dispomos desse momento».

9-    Direito a ler em voz alta

Para que as palavras revivam, pelo prazer de as ouvir ressoar, para identificar o sabor do seu

som, para lhes dar corpo.

10-Direito a calarmo-nos

A não dar opinião sobre o que lemos. A guardar silêncio para não se saber o que realmente

compreendemos ou o que nos escapou. A ficarmos com tudo ou talvez coisa nenhuma.

 

Texto selecionado e adaptado pela BE retirado de: http://www.baudoprofessor.com





A Be aconselha o filme…

25 10 2012

Com a invasão de França pelas tropas nazis, dezenas de milhares de refugiados começam a formar-se junto do consulado português em Bordéus, na esperança de aí obterem um visto para Portugal. Obrigado a respeitar a circular de Salazar que determinava a proibição expressa de concessão de vistos a quaisquer refugiados judeus, Sousa Mendes viveu, então, um terrível dilema: se concedesse vistos, arriscava a carreira diplomática e o sustento da sua família; se não o fizesse, todos aqueles milhares de pessoas teriam como destino os campos de concentração nazis.





Uma perspectiva da natureza

25 10 2012

Fotografias realizadas pelo fotógrafo profissional da natureza, Luís Quintas, em território português e com animais em ambiente selvagem.